Por Quiral Alquimista
As principais referências da mecânica de
alinhamento do D&D original de 1974 são da literatura de Poul Anderson (TrêsCorações e Três Leões), onde a neutralidade era vista como um "desalinhamento"
e de Michael Moorcock (Elric de Melniboné), na disputa de forças cósmicas entre
ORDEM x CAOS, tendo a neutralidade como como uma efetiva busca por equilíbrio.
Essa proposta funciona sobre um eixo (“X”, horizontal), com disputa entre
forças do caos e ordem. Gygax apresenta uma evolução dessa ideia em seu artigo publicado
no Strategic Review de 1976, v2, que tratei na parte 01 dessa série
sobre alinhamento, em que propõe a inserção de um segundo eixo (“Y”, vertical),
agora com duelo entre BEM x MAL. Ao que me parece, isso pode ter sido
sugerido por Steve Marsh (segundo registro de correspondência deles):
Como reportado na nossa parte 01, a proposta de Gygax com seu artigo é clara na ideia de que personagens não possuam alinhamento fixo, e é seu comportamento que definirá alinhamento, não o contrário.
Mas agora vamos analisar como isso avançou para o AD&D, publicado nos anos seguintes (MM: 1977, PHB 1978 e DMG 1979).